Ano após ano, o Brasil vem se destacando no cenário mundial de startups. E não é para menos. O número de startups no país aumentou mais de 20 vezes nos últimos 10 anos, consolidando o Brasil como um dos países mais propícios do mundo para o surgimento de empresas desse tipo.
Para quem não sabe, startups são empresas emergentes, que tem como objetivo principal desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio, preferencialmente escalável, disruptivo e replicável.
Geralmente, elas surgem para suprir uma deficiência em um mercado ou solucionar problemas de maneira mais eficiente.
Muitas das empresas que hoje são conhecidas como Big Techs, como Google, Facebook, Amazon e Netflix já foram startups um dia.
E o grande objetivo de todas elas é tornar-se um Unicórnio, que é como são chamadas as startups que atingem a marca de 1 bilhão de dólares em valor de mercado.
Para atingir esse patamar, é comum que em algum momento elas recebam investimentos de outras empresas ou até de pessoas físicas, de modo a acelerar o seu crescimento.
Cenário brasileiro de startups
No Brasil, cada vez mais startups vêm surgindo. Em 2011, havia 600 empresas desse tipo no país. Hoje, em 2021, já são mais de 13.400 startups espalhadas por todo o país.
Dentro desse universo, 16 empresas brasileiras já se tornaram Unicórnios. Algumas bem conhecidas do público, como 99, Ifood, Quinto Andar e Nubank.
Porém, ainda há muito espaço para crescer e, além disso, aumentar a diversidade dentro dessas empresas, que, apesar de serem mais diversas do que a média, ainda refletem um padrão essencialmente masculino e centralizado no sudeste do país.
Mais mulheres e mais localidades
De olho nesse problema, o Google lançou recentemente um programa que visa aumentar o número de startups que tenham mulheres em posições de liderança.
Em parceria com o laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Lab) e com o hub de empreendedorismo Centraal, teve início o LAC Women Founders Accelerator, criado para promover o desenvolvimento do empreendedorismo e dos ecossistemas de inovação latino-americanos, através de startups lideradas por mulheres.
No Brasil, apenas 4,7% das startups foram criadas somente por mulheres e 90% foram fundadas exclusivamente por homens. Por isso a importância de programas como esse, que fomentam novas startups ao mesmo tempo em que tentam reequilibrar as forças dentro do mercado.
Outra importante iniciativa vem da Associação Brasileira de Startups e da Bossanova Investimentos, que pretendem aumentar o montante investido em startups fora do eixo Rio-São Paulo.
Atualmente, as regiões Sul e Sudeste concentram mais de 50% dos investimentos em startups no Brasil. Por isso, a nova iniciativa teve início com investimentos em empresas da região Norte do Brasil.
Com o aumento dos investimentos, o cenário das startups do Brasil tem tudo para se tornar ainda maior nos próximos anos. E – quem sabe? – mais diverso também.
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