Quem não gostaria de poder entrar na casa do BBB para concorrer ao cobiçado prêmio de 1,5 milhão de reais? Provavelmente, todo mundo adoraria ter a chance de ganhar esse montante de dinheiro, não é mesmo?
Porém, pode acreditar, o que os participantes do reality show da Globo mais almejam atualmente não é a premiação oferecida. Afinal, todos ali sabem que ser o vencedor é muito difícil.
Justamente por isso, a ideia dos participantes é aproveitar seu tempo dentro da casa para ir em busca de um ativo que é tão valioso quanto o ouro ou o Bitcoin nos dias de hoje: a influência.
Influência digital vale mais que R$ 1,5 milhão
Entrar na casa do Big Brother Brasil representa um aumento gigantesco no número de seguidores nas redes sociais de cada um dos ‘brothers’. E, na nova economia da era digital, seguidores são uma moeda extremamente forte.
Na atual edição, o participante Gilberto já afirmou que comprou 7 mil seguidores para seu perfil no Instagram. Embora essa prática não seja recomendada, muita gente faz o mesmo por um motivo simples: quem tem seguidores faz dinheiro.
Dependendo do número de seguidores de um perfil no Instagram, marcas e empresas chegam a pagar algumas dezenas de reais por um único post. Para muitos influenciadores, isso tornou-se seu meio de vida.
Quem entra no BBB tem consciência desses números (e quem não tinha, passa a ter), por isso o prêmio de 1 milhão e meio de reais se torna secundário diante da possibilidade de enormes lucros recorrentes só com a venda de publicidade em seus perfis nas redes sociais.
BBB: um foguete de popularidade
Só o fato de colocar os pés dentro da casa mais vigiada do Brasil já é o suficiente para transformar uma pessoa anônima em um influenciador digital. Basta ver os números da edição de 2020 do programa.
O primeiro eliminado daquela edição, Lucas Chumbo, possuía 116 mil seguidores antes de entrar na casa. Dois dias após a final da competição, já havia mais de 624 mil pessoas seguindo-o no Instagram.
Se a pessoa que ficou menos tempo na casa obteve um baita incremento no número de seguidores, imagine quem ficou exposto no horário nobre da maior rede de televisão do país durante meses.
Pois foi o que aconteceu com Babu Santana, por exemplo. O ator contabilizava meros 23 mil seguidores em seu perfil, mesmo tendo feito vários filmes com boa repercussão. Dois dias após a final do BBB 20, Babu atingiu a marca de 6,4 milhões de seguidores.
A cantora Manu Gavassi, que saltou de 4,4 para 13,9 milhões de seguidores, chegou a estabelecer um recorde no Instagram. Na estreia do programa, mais de 750 mil pessoas passaram a seguir seu perfil. Tudo isso em um único dia.
Apesar de nenhum deles ter levado o grande prêmio de 1,5 milhão de reais, a maioria dos participantes conseguiu bons contratos publicitários, turbinados principalmente por seus perfis no Instagram. Afinal, qualquer post feito por influencers com milhões de seguidores é garantia de alcance e engajamento.
Influência digital requer certos cuidados
Apesar de tudo, é sempre bom lembrar que nem sempre basta ter os milhões de seguidores para as marcas saírem correndo atrás de você. Há influenciadores com perfis “milionários” que não conseguem atrair a atenção das campanhas publicitárias por diversos fatores.
Isso acaba fazendo com que alguns desses influencers embarquem em qualquer negócio para conseguir algum dinheiro com seus perfis. Um bom exemplo envolve os BBBs Marcela Mc Gowan, Gizelly Bicalho, Gabi Martins e Guilherme Napolitano. Todos eles anunciaram em seus stories smartwatches gratuitos, bastando pagar o frete no valor de 90 reais.
A oferta extremamente generosa atraiu muitas pessoas, que não desconfiaram de um produto que custa cerca de 700 reais sendo oferecido de graça. Muito disso se deve, obviamente, à credibilidade que os influencers possuem frente aos seus seguidores. Quando o caso revelou-se um golpe, os influenciadores foram vigorosamente cobrados por suas respectivas audiências.
O caso mostra que, ainda que os influenciadores não sejam os culpados por seus anunciantes lesarem os clientes, é preciso sempre ter cuidado com sua influência digital.
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