Quem é apaixonado por futebol certamente já teve aquela vontade enorme de dar a sua opinião em decisões a respeito de seu time.
Seja sobre a cor do novo uniforme, homenagens a ex-jogadores, valor dos ingressos ou até o nome do mascote, quem acompanha de perto seu clube participaria de tudo, se pudesse.
A boa notícia é que atualmente já é possível ter participação em algumas decisões do seu clube de futebol favorito, graças aos fan tokens, que estão se tornando uma febre não apenas no futebol, mas também em outros esportes.
Se você nunca ouviu falar a respeito disso ou já ouviu, mas ainda não sabe do que se trata, não se preocupe, nós explicamos.
O que é um fan token?
A maioria dos fan tokens dos clubes de futebol são baseados na tecnologia blockchain e podem ser enquadrados na categoria “tokens de utilidade”.
Isso quer dizer que o seu principal valor é ser utilizado como uma forma de acesso a serviços e bens da vida real.
Fan Tokens de utilidade são negociados da mesma forma que as criptomoedas, como o Bitcoin. Porém, a diferença é que eles não são negociados com o intuito de gerar lucro aos seus compradores.
Obviamente, os fan tokens também podem ser utilizados dessa forma especulativa (falaremos disso mais adiante), mas seu objetivo principal é ser uma forma do torcedor ajudar financeiramente ao clube que os emite.
Quem já aderiu aos fan tokens?
Diversos clubes ao redor do mundo já colocaram seus fan tokens à disposição de seus torcedores.
Barcelona, Milan, Roma, Juventus, Paris Saint-Germain, Inter de Milão, Manchester City e até a seleção da Argentina são algumas das equipes tradicionais que já entraram nesse novo mercado.
No Brasil, Atlético Mineiro, Corinthians, São Paulo e Flamengo são alguns dos que já negociam seus fan tokens.
Aliás, o rubro-negro carioca estabeleceu recentemente o recorde mundial de negociações desse tipo de ativo, ao vender 1 milhão de fan tokens em apenas 12 minutos.
Fan tokens podem dar lucro?
Além dos fan tokens de utilidade, alguns clubes apostam em um outro modelo ao lançar seus ativos no mercado.
Clubes como Vasco, Cruzeiro, Coritiba e Santos decidiram utilizar outra estratégia e fazer dos seus tokens não apenas uma forma do torcedor ajudar o clube, mas seus detentores também podem lucrar com eles.
Isso porque os clubes resolveram tokenizar o mecanismo de solidariedade da FIFA. O que quer dizer que, a cada negociação de jogadores de suas categorias de base que gerarem lucro residual aos clubes, os donos dos fan tokens também receberão uma parte.
Obviamente, tanto essa estratégia quanto a dos tokens de utilidade ainda são novidades no mercado e levará algum tempo até que saibamos qual é a melhor forma de se trabalhar com os fan tokens.
Até lá, veremos quem fez bem em surfar na onda e quem ficou para trás nessa corrida pelos novos mercados que se abrem graças às tecnologias inovadoras.
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