Se você esteve em outro planeta nos últimos anos, talvez ainda não tenha ouvido falar dos esportes eletrônicos, também conhecidos como e-sports.
Se esse for o seu caso, saiba que os esportes eletrônicos são jogos de computador que possuem suas próprias ligas competitivas e distribuem vultosos prêmios em dinheiro.
Apesar de muita gente torcer o nariz e afirmar que eles não são esportes de verdade, deve-se ressaltar que as equipes de e-sports são altamente profissionais, contando com jogadores, técnicos, analistas, nutricionistas, psicólogos e vários outros especialistas.
Algumas das maiores organizações de e-sports possuem investimentos tão grandes quanto o de alguns clubes de futebol.
E a maior prova de que os esportes eletrônicos são coisa séria é o fato de que hoje eles já movimentam mais de 1 bilhão e meio de dólares em todo o mundo (há um ano esse número era de 1,1 bilhão).
Portanto, por mais que pareça que são apenas jovens brincando com seus vídeo-games, é preciso olhar com muita atenção para este mercado bilionário que cresce em ritmo acelerado ano após ano, principalmente se você quiser se comunicar com um público mais jovem. E é exatamente isso que muitas marcas já estão fazendo.
A relação das marcas com os e-sports
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior mercado mundial de esportes eletrônicos. Para se ter uma ideia da força que os e-sports têm por aqui, basta dar uma boa olhada nos números.
Quando se fala em futebol, 24% do público consumidor está na faixa entre 10 e 20 anos de idade. Já em relação aos torneios de esportes eletrônicos, essa mesma faixa etária corresponde a 43% dos espectadores.
Graças a esse público fiel e extremamente engajado, o esporte eletrônico consegue voar alto no país. Tanto que as partidas finais do CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) já foram disputadas em importantes arenas esportivas, como o ginásio do Ibirapuera e o Allianz Parque, em São Paulo.
Tudo isso faz com que muitas grandes marcas olhem para os e-sports com um olhar cada vez mais apaixonado. Um bom exemplo são os clubes de futebol, que estão cada vez mais apostando nos esportes eletrônicos como uma forma de se aproximar do público mais jovem.
Clubes como Flamengo, Santos, Cruzeiro, Corinthians e outros já criaram suas próprias equipes de e-sports. E alguns até já experimentaram o sucesso nessa área. Em 2019 o Flamengo foi campeão do CBLOL, enquanto o Corinthians venceu o Mundial de Free Fire no mesmo ano.
Premiações nos esportes eletrônicos
Os esportes eletrônicos não estão para brincadeira quando se trata de premiações. O maior exemplo disso é o campeonato mundial de DotA 2, conhecido como The International.
Famoso por ser o campeonato com a maior premiação do cenário de e-sports, o The International pagou ao seu campeão em 2019 mais de 34 milhões de dólares.
Para efeito de comparação, o Flamengo, campeão da Libertadores no mesmo ano, embolsou 20 milhões de dólares como premiação por todas as fases do torneio e pelo título.
Obviamente, a pandemia atrapalhou bastante os campeonatos de esportes eletrônicos em 2020. Mesmo assim, as premiações seguiram altas, como você pode conferir:
CS:GO: US$ 15 milhões
DotA 2: US$ 9 milhões
League of Legends: US$ 8 milhões
Fortnite: US$ 7 milhões
Call of Duty: US$ 6 milhões
Rainbow Six: US$ 5 milhões
Overwatch: US$ 4,3 milhões
Hearthstone: US$ 4,2 milhões
PUBG: US$ 3,9 milhões
Rocket League: US$ 3,1 milhões
Portanto, se você ainda acha que os e-sports são coisa de criança, melhor rever seus conceitos. Os esportes eletrônicos já são uma realidade há anos e a tendência é, futuramente, rivalizar em audiência com os esportes tradicionais. E isso talvez nem demore muito.