Apesar de todos os problemas gerados pela pandemia, as Olimpíadas de Tóquio – que correram o risco de não acontecer – foram um grande sucesso de audiência em todo o planeta.
Para os brasileiros, foi ainda mais especial, já que foi batido o recorde de medalhas conquistadas por nossos representantes. Com 21 medalhas, o Time Brasil superou as 19 conquistadas em 2016, nos jogos do Rio de Janeiro.
Porém, os Jogos Olímpicos de Tóquio também evidenciaram um lado ainda triste do esporte brasileiro. Muitos dos atletas que representaram o Brasil nas Olimpíadas possuem condições precárias para treinos e pouco ou nenhum auxílio para seu desenvolvimento esportivo.
Este foi o local de treinamento de Darlan Romani, quarto lugar no arremesso de peso em #Tokyo2020, durante a pandemia. É a realidade de muitos atletas brasileiros que não têm incentivo ou patrocínio e conseguem vencer todas as adversidades.
pic.twitter.com/IPtBK8BtVf— BCharts (@bchartsnet) August 5, 2021
Na delegação brasileira que foi à Tóquio, 5 atletas se sustentam trabalhando como motoristas de aplicativo, 131 deles não possuem qualquer patrocínio e 41 precisaram fazer “vaquinha” para conseguir pagar a viagem ao Japão.
Nada disso, porém, passou despercebido pelas redes sociais.
Influência digital = patrocínios
Em meio às comemorações pelas medalhas conquistadas, muita gente se solidarizou com a situação dos atletas. Por isso, diversas iniciativas surgiram nas redes, convocando os torcedores para seguir os perfis dos atletas olímpicos, para que assim possam – quem sabe? – receber mais patrocínios.
Uma dessas iniciativas é o perfil tequeroemparis2024, que seguiu as contas de todos os atletas da delegação brasileira no Instagram. Desse mesmo, quem quiser fazer o mesmo, basta encontrar os perfis na aba “seguindo” e ajudar a aumentar a popularidade dos atletas brasileiros.
No Twitter, a usuária Erica Viana criou uma lista pública com os perfis dos atletas presentes no microblog, com exceção dos jogadores da seleção de futebol, que, por si só, já possuem um grande número de seguidores.
Com isso, espera-se que o número de pessoas seguindo os praticantes de modalidades menos conhecidas cresça e mais empresas se interessem em atrelar suas marcas a eles. Assim, poderemos ter mais atletas em melhores condições para representar o Brasil nas Olimpíadas de 2024.
Transmissões via streaming
Outra frente que está se formando para melhorar a exposição dos atletas é a transmissão de diversas competições de modalidades olímpicas através de streaming que pode ser acessado gratuitamente.
O Comitê Olímpico Brasileiro, em parceria com a TV NSports, criou o Canal Olímpico do Brasil, que transmitirá etapas de competições de natação, judô, handebol, entre outras modalidades.
Com as novas ações digitais em curso, é possível que tenhamos um cenário bastante diferente em Paris, com atletas criando cada vez mais conteúdo nas redes sociais e gerando receitas dessa forma. Vamos torcer.
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